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Reforma Tributária 2025: IVA dual, fim da sobreposição de regras e o papel de ERP e BI na competitividade dos pequenos negócios

# Reforma Tributária de 2025: Impactos Profundos para Pequenos Negócios e o Sistema de Gestão Empresarial

## Simplificação da Tributação e o Novo Modelo de IVA Dual

A Reforma Tributária de 2025 traz consigo uma das maiores mudanças no sistema tributário brasileiro das últimas décadas. Com foco na simplificação da tributação sobre o consumo, a legislação substitui cinco tributos antigos (PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS) por dois novos impostos estruturados no modelo de IVA dual: a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), gerida pelo governo federal, e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), de responsabilidade de estados e municípios.

Essa reorganização busca eliminar as antigas camadas de complexidade, tornando o processo de apuração e recolhimento mais uniforme e transparente. Para pequenos negócios, a simplificação das regras contribui para um ambiente de maior previsibilidade, reduzindo o tempo e o custo dedicados ao cumprimento de obrigações acessórias e facilitando o planejamento tributário.

## Fim da Sobreposição de Normas Estaduais e Municipais

Historicamente, o empresário brasileiro conviveu com diferentes legislações estaduais e municipais relacionadas ao ICMS e ao ISS, o que resultava em incertezas, insegurança jurídica e aumento de custos operacionais. A unificação proposta pelo IVA dual minimiza a sobreposição de regras ao criar uma base nacional uniforme para a CBS e uma gestão compartilhada para o IBS. Esse novo arranjo favorece o entendimento claro do que deve ser recolhido, de que forma e em que momento, estimulando o empreendedorismo e proporcionando maior estabilidade no ambiente de negócios.

Nos sistemas de gestão empresarial — especialmente em ERPs — a padronização das regras tributárias significa menos customizações regionais, atualização facilitada das regras fiscais e menores chances de erros no cálculo e na apuração dos impostos.

## Ajustes e Desafios no Simples Nacional

O Simples Nacional, regime tributário simplificado para micro e pequenas empresas, não ficou fora das mudanças promovidas pela reforma. Um dos pontos centrais é a ampliação do conceito de receita bruta, abarcando novas fontes de receita e reduzindo alguns benefícios anteriormente concedidos a pequenas empresas. Além disso, destaca-se a vedação ao direito de créditos de CBS e IBS, medida que impacta principalmente empresas que operam no modelo B2B.

Na prática, pequenas empresas inseridas em cadeias produtivas perdem competitividade por não conseguirem repassar créditos de impostos às demais empresas compradoras, o que pode tornar seus produtos ou serviços menos atrativos financeiramente para empresas de maior porte. Este é um fator crítico para o setor de serviços, tradicionalmente majoritário entre pequenos negócios.

Empreendedores devem revisar seus processos, utilizar o BI (Business Intelligence) para simular diferentes cenários e alinhar estratégias comerciais, a fim de compensar possíveis perdas competitivas em mercados B2B.

## Criação do Imposto Seletivo: Natureza Reguladora

Outro elemento inovador da reforma é a criação do Imposto Seletivo (IS), de natureza regulatória. O IS será aplicado a produtos considerados prejudiciais, como bebidas alcoólicas, cigarros e veículos movidos a combustíveis fósseis. O objetivo do IS é duplo: reforçar o caráter regulador do Estado, desestimulando o consumo desses itens, e evitar a cumulatividade no novo sistema de tributos sobre o consumo.

Empresas que atuam nesses segmentos precisam preparar suas operações para a nova incidência, ajustando preços, margens e revendo estratégias de mercado. Sistemas ERP e BI serão fundamentais para identificar impactos, recalcular custos e evitar surpresas financeiras.

## Período de Transição: Adaptação Gradual

A implantação total da reforma terá um período de transição prolongado, até 2033. Durante esse tempo, tanto o sistema antigo quanto o novo vão coexistir. Isso exige atenção redobrada dos empresários no acompanhamento das mudanças, sobretudo para garantir conformidade fiscal e evitar autuações.

Para as empresas, significa adotar plataformas ERP com arquitetura flexível, capazes de operar nos dois regimes e adaptar rapidamente fluxos fiscais. O uso de BI será imprescindível para monitorar variações de carga tributária ao longo dos anos e para fundamentar decisões estratégicas em um cenário de transformação constante.

## Estímulos à Formalização e Riscos para a Competitividade

Ao simplificar obrigações e aumentar a previsibilidade, a reforma pode incentivar a formalização de negócios e combater a informalidade, um problema histórico brasileiro. Entretanto, o aumento da carga tributária percebido por muitos setores de serviços e a limitação ao aproveitamento de créditos podem impor desafios significativos.

Com menores incentivos e margens mais estreitas, pequenos negócios precisarão investir em eficiência operacional. O papel das soluções de ERP, CRM e BI torna-se ainda mais estratégico neste momento, permitindo controle total sobre custos, automação de processos e melhor gestão comercial para enfrentar o novo ambiente tributário.

## Oportunidades e OBRIGAÇÕES para Pequenas Empresas

A reforma oferece oportunidades importantes, sobretudo em termos de simplificação e possibilidade de planejamento previsível. Pequenas empresas com cadeias produtivas enxutas e voltadas ao consumidor final podem se beneficiar dessa nova estrutura. Por outro lado, negócios com perfil B2B deverão analisar profundamente suas estratégias tributárias e de precificação, uma vez que a perda do aproveitamento de créditos pode impactar diretamente na competitividade.

Além disso, a exigência de informações detalhadas em ambiente digital, promovida pelo novo modelo, obriga as empresas a investirem em sistemas de gestão robustos, capazes de garantir transparência, compliance e integração com órgãos fiscais. Isso reforça o papel do ERP e do BI como aliados indispensáveis para a saúde financeira e a sobrevivência das empresas.

## Ferramentas Digitais: Aliadas na Atualização Tributária

Para navegar neste novo momento, a adoção de tecnologia é um requisito, não mais apenas um diferencial. Um ERP atualizado, integrado aos sistemas governamentais e alinhado às regras da reforma, reduz riscos, facilita o atendimento às exigências legais e permite ajustes rápidos à medida que normas complementares forem publicadas.

O uso de BI potencializa a análise de dados fiscais, apoio à tomada de decisão e simulações de impacto tributário, proporcionando uma visão clara e detalhada do efeito das mudanças em curto, médio e longo prazos. A integração entre ERP, BI e CRM torna-se fundamental para maximizar a eficiência e o acompanhamento dos clientes em contextos de alteração de preços ou condições comerciais causadas pela reforma.

## Conclusão

A Reforma Tributária de 2025 representa um marco para o universo dos pequenos negócios brasileiros, especialmente para aqueles que buscam crescimento sustentável e formalização no mercado. Simplificação de regras, transparência e a adoção de tecnologia formam o tripé essencial para adaptação bem-sucedida.

Empreendedores atentos devem investir em atualização tecnológica, revisão dos processos internos e estratégias de preço e comercialização, recorrendo a ERP, CRM e BI como ferramentas decisivas para garantir competitividade, conformidade e sustentabilidade no novo cenário tributário nacional. O sucesso diante da reforma será dos que forem capazes de antecipar tendências, ajustar a gestão e incorporar inovação ao dia a dia dos negócios.

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